Aos leais seguidores e
curiosos peço minhas humildes desculpas pela longa ausência de publicações aqui
no blog. Infelizmente estava envolvido num projeto de monta que literalmente “engolia”
todo o meu tempo disponível. Mas nunca é tarde para a retomada. Então vamos lá.
Falamos no nosso último
artigo sobre uma nova tecnologia, ainda desconhecida pela maioria das
indústrias nacionais e internacionais, chamada CWBO. Pretendo neste artigo
introduzir esta metodologia para que vocês possam ter uma ideia da sua potencialidade
e aplicabilidade.
Temos verificado que,
de um modo geral, os profissionais seniores de gestão de estoques, reclamam
bastante quanto a baixa taxa de inovação tecnológica das metodologias
associadas à gestão de estoques de MRO. Como já falamos anteriormente, as
atuais técnicas de dimensionamento dos estoques remontam da década de 50.
Se vocês observarem
atentamente os atuais algoritmos de dimensionamento dos estoques, utilizados inclusive
pelos ERPs ou ferramentas analíticas acopláveis aos sistemas corporativos, inclusive
o SAP, perceberão que a variável CUSTO é solenemente ignorada. Parece incrível,
mas os estoques são dimensionados sem levar em consideração os preços das peças!
Vejam, por exemplo, que
um dos principais parâmetros determinantes para estabelecimento do valor do
estoque médio de uma empresa é o Ponto de Ressuprimento (Order Point). Existem algumas variações da fórmula, porém,
essencialmente não foge do modelo seguinte:
PR = CMM * LT + k * DP
Sendo CMM=Consumo Médio
Mensal, LT=Tempo de Reposição ou Leadtime, k=Fator de Segurança e DP=Desvio
Padrão ou Desvio Médio Absoluto.
Na fórmula acima cadê o
preço do material?
Considerando que o
fator k é constante, independentemente do item que se esteja dimensionando, uma
peça que custa R$ 1,00 terá o mesmo tratamento de outra que custe R$ 1.000,00
(mil vezes mais). Se ambas tiverem o mesmo grau de importância, o mesmo consumo
e o mesmo leadtime terão exatamente o mesmo dimensionamento. Parece lógico
isso? É exatamente neste ponto que a tecnologia CWBO se contrapõe perante as
tecnologias convencionais.
Os sistemas ou
ferramentas que adotam esta metodologia (segmentos militar e aeronáutico, EUA e
alguns países da Europa) promovem uma competição entre os itens (abordagem
multi-item). No exemplo anterior esta tecnologia proporcionaria um grau de
proteção muito maior para o item de menor custo unitário, pois os itens de
maior grau de importância, maior consumo e menor custo unitário são priorizados
no que se refere ao seu nível de proteção.
Você deve estar se
perguntando o que fazer com os itens de alto valor unitário. Se forem críticos
como proceder? Este é mais um ponto diferencial da metodologia. Você vai correr
riscos onde vale a pena correr, ou seja, naquilo que mais impacta o seu orçamento
(bugdet) de estoque.
Primordialmente o que
interessa é a disponibilidade operacional do processo produtivo, ou seja, quanto
a sua planta está produzindo a plena carga. Neste ponto a metodologia se encarrega
de equilibrar o nível de serviço global para que esteja, no mínimo, dentro do
padrão estabelecido para o nível de estoque autorizado.
Após aplicação desta
nova abordagem existem registros de empresas que reduziram seus estoques em até
40%. Em média as reduções atingem cerca de 30% com melhoria na disponibilidade
operacional. Não é milagre, é tecnologia!
Recomendo que você
esqueça tudo que aprendeu sobre dimensionamento de estoques de materiais MRO e
entre no seleto CWBO Club.
Maiores informações não
hesitem em nos contatar.
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