Apresentação

Por Romildo Almeida
Este espaço na web destina-se a divulgar e compartilhar a nossa experiência na gestão da cadeia de suprimentos de materiais MRO, com todos os profissionais e pessoas interessadas nesta área. Esta divulgação se dará através de postagens, mensagens, artigos técnicos e apresentações dinâmicas acopladas ao blog.

Vamos apresentar desde conceitos básicos, até as mais novas tecnologias aplicadas no mundo, inclusive algumas ainda inéditas no Brasil. Pretendemos inclusive quebrar alguns paradigmas sobre a matéria.

Temos acesso aos mais renomados consultores de nível internacional, o que nos credencia a tratar este assunto de forma extremamente embasada e profissional.

É de suma importância, ainda, a participação de todos vocês neste processo, através de comentários, críticas ou sugestões. A troca de experiências é essencial para o crescimento profissional de todos nós.

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segunda-feira, 26 de março de 2012

O papel da Engenharia na cadeia de suprimentos de MRO

Nas indústrias a recomendação de novos itens para estoque é geralmente delegada para os departamentos de engenharia (manutenção, produção, segurança do trabalho, qualidade etc.), exceção para os materiais administrativos que geralmente são recomendados pela área de RH - Recursos Humanos. Considerando que o grande peso, tanto em termos de valor como de quantidade de itens, ocorre nos componentes de máquinas e equipamentos (sobressalentes de um modo geral), vamos nos ater a esta categoria.

O primeiro passo é saber da real necessidade de se recomendar o sobressalente. Para tanto o profissional deve avaliar o impacto da indisponibilidade do equipamento onde o componente está instalado (lucro cessante, criticidade, requisitos legais exigidos etc.). Já existe disponível no mercado um ferramental analítico que, através de uma análise econômica (fluxo de caixa descontado) considerando variáveis do tipo: custo da hora parada, taxa de retorno, custo de manter e custo da peça, determina a necessidade ou não de se recomendar a peça para o estoque.

O segundo passo é prever qual será a demanda futura do material. Existem várias técnicas que podem ser aplicadas para se obter esta variável tão importante para o correto dimensionamento do estoque de modo que se garanta a disponibilidade operacional requerida para a fábrica, a saber:

MTBF – Mean Time Between Failures (tempo médio entre falhas)

MCBF – Mean Cicle Between Failures (número de ciclos entre falhas)

MRR6 - Failures Per Million Hours (falha por milhão de horas)

Geralmente estes indicadores são fornecidos pelos fabricantes originais dos equipamentos (OEMs). Quando tais informações não estão disponíveis caberá ao engenheiro determinar esta demanda pela sua experiência profissional, contudo é muito importante que ele avalie as particularidades do parque fabril onde o equipamento está instalado. Muitas vezes as diferentes condições operacionais que o equipamento é submetido repercutem diretamente na vida útil dos seus componentes.

Já existe também ferramental analítico capaz de calcular automaticamente a previsão de demanda considerando quaisquer dessas variáveis.

Por fim a especificação detalhada do material deve ser fornecida também pelo profissional responsável pela recomendação. Quanto maior a riqueza de detalhes maiores as chances do departamento de compras adquirirem o material com custos mais competitivos.

A determinação dos níveis de estoque adequados dependerá de outras informações que serão fornecidas pelos departamentos de planejamento de estoque e compras. Falaremos sobre isso na nossa próxima postagem. Obrigado e até lá!

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