Apresentação
quarta-feira, 6 de março de 2013
Algo de Novo no Dimensionamento dos Estoques
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
ERP – Excel + Access = Eficiência
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Os Números Mágicos
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Especificação Inteligente dos Materiais = Compras e Estoques Otimizados
segunda-feira, 26 de março de 2012
O papel da Engenharia na cadeia de suprimentos de MRO
Nas indústrias a recomendação de novos itens para estoque é geralmente delegada para os departamentos de engenharia (manutenção, produção, segurança do trabalho, qualidade etc.), exceção para os materiais administrativos que geralmente são recomendados pela área de RH - Recursos Humanos. Considerando que o grande peso, tanto em termos de valor como de quantidade de itens, ocorre nos componentes de máquinas e equipamentos (sobressalentes de um modo geral), vamos nos ater a esta categoria.
O primeiro passo é saber da real necessidade de se recomendar o sobressalente. Para tanto o profissional deve avaliar o impacto da indisponibilidade do equipamento onde o componente está instalado (lucro cessante, criticidade, requisitos legais exigidos etc.). Já existe disponível no mercado um ferramental analítico que, através de uma análise econômica (fluxo de caixa descontado) considerando variáveis do tipo: custo da hora parada, taxa de retorno, custo de manter e custo da peça, determina a necessidade ou não de se recomendar a peça para o estoque.
O segundo passo é prever qual será a demanda futura do material. Existem várias técnicas que podem ser aplicadas para se obter esta variável tão importante para o correto dimensionamento do estoque de modo que se garanta a disponibilidade operacional requerida para a fábrica, a saber:
MTBF – Mean Time Between Failures (tempo médio entre falhas)
MCBF – Mean Cicle Between Failures (número de ciclos entre falhas)
MRR6 - Failures Per Million Hours (falha por milhão de horas)
Geralmente estes indicadores são fornecidos pelos fabricantes originais dos equipamentos (OEMs). Quando tais informações não estão disponíveis caberá ao engenheiro determinar esta demanda pela sua experiência profissional, contudo é muito importante que ele avalie as particularidades do parque fabril onde o equipamento está instalado. Muitas vezes as diferentes condições operacionais que o equipamento é submetido repercutem diretamente na vida útil dos seus componentes.
Já existe também ferramental analítico capaz de calcular automaticamente a previsão de demanda considerando quaisquer dessas variáveis.
Por fim a especificação detalhada do material deve ser fornecida também pelo profissional responsável pela recomendação. Quanto maior a riqueza de detalhes maiores as chances do departamento de compras adquirirem o material com custos mais competitivos.
A determinação dos níveis de estoque adequados dependerá de outras informações que serão fornecidas pelos departamentos de planejamento de estoque e compras. Falaremos sobre isso na nossa próxima postagem. Obrigado e até lá!
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
MRO - Conceituação
No meio industrial MRO é uma sigla universalmente conhecida: Manutenção, Reparo e Operação (Maintenance, Repair and Operation). Trata-se de uma categoria de materiais que é utilizada no dia-a-dia das fábricas, aplicada geralmente em máquinas e equipamentos necessários para a produção ou ainda nos serviços de manutenção e reparo destinados à continuidade operacional dos seus processos produtivos. De um modo geral, as matérias-primas e insumos de produção, se agregam ao produto final e não são enquadrados como MRO. Por exemplo, o aço utilizado para estampagem das partes metálicas dos veículos ou o gás eteno aplicado na indústria petroquímica não são classificados como materiais MRO, são enquadrados como insumos de produção ou matérias-primas. Já o óleo utilizado para lubrificação das máquinas ou a chave de fenda como ferramenta diária do manutencista, são enquadrados como materiais MRO.
Por que desta classificação?
Para que as empresas possam produzir seus bens vendáveis obviamente necessitam de materiais, tanto aqueles que são “transformados” nesses bens, quando aqueles que são necessários para que esta “transformação” aconteça. Entenda aqui “transformação” como a transição da matéria-prima para o produto acabado ou bem vendável. Para atender a estas necessidades de materiais, as empresas adotam duas estratégias: (a) Contratar fornecedores capazes de atender suas necessidades à medida que elas acontecem (a famosa modalidadeJust in Time) ou (b) adquirir os materiais e mantê-los “guardados” até que a necessidade aconteça. Este é o ponto crucial para justificar esta classificação.
Qual estratégia adotar?
De um modo geral as empresas planejam sua produção baseando-se na capacidade de absorção de seus bens vendáveis pelo mercado consumidor. Assim, de forma antecipada, é possível prever com razoável precisão, todas as suas necessidades de insumos de produção e matérias-primas, já que, obviamente, a “receita do bolo” é sua velha conhecida. Por exemplo, citamos a indústria automobilística, que sabe quantos quilos de chapa metálica serão necessários para produzir os veículos programados para um determinado período futuro. Com esta quantidade definida é possível contratar um fornecedor capaz de atender esta necessidade (a cada hora, diariamente, semanalmente etc., em frequência compatível com a eficiência logística do mesmo). E quanto aos MRO? É possível planejar e programar uma frequência de entrega? Para a grande maioria dos casos certamente que não, pois não há como garantir que uma máquina ou equipamento não irá falhar por um determinado período, quando será necessária a substituição de um ou mais de seus componentes (MRO). Daí oriunda-se a necessidade de as empresas adquirirem materiais antecipadamente para uso futuro e imprevisto. A estas aquisições chamamos de Estoque. Portanto a complexidade da cadeia de suprimentos de MRO está exatamente na sua imprevisibilidade de uso.
Na próxima postagem falaremos um pouco sobre o papel da Engenharia na cadeia de suprimentos de MRO.
Obrigado e até lá!